Cartão postal da cidade de Jundiaí,
a Ponte
Torta foi construída no ano de 1888, sobre o Rio Guapeva, durante a
época do ciclo ferroviário.
José Simões do Carmo Filho,
jornalista jundiaiense de 65 anos lembra com carinho do tempo em que a Ponte
ainda era utilizada. “Ela ligava dois bairros importantes: o Vianelo e a Vila
Arens. Também nos levava até o centro da cidade e à estação de trem, foi
realmente muito útil na época”.
Simões (como é conhecido na
cidade) também conta que por essa Ponte passavam animais (como cavalos),
pedestres e até mesmo bondes.
Atualmente o monumento não é
mais utilizado, servindo apenas como um marco na cidade. Sua estrutura é
composta por tijolos, como podemos ver na imagem abaixo, o que a levou a ficar
comprometida com o alargamento da Avenida Odil Campos Saes, onde está
localizada.
A Ponte Torta de hoje: apenas um cartão postal. Foto: Patrícia Bigardi |
Além disso, as pombas também
são outro problema. Um homem, conhecido na cidade como “Robertinho”, todos os
dias vai até o local e despeja quilos de ração para os animais, que em
determinada hora do dia, parecem esperá-lo por lá. Assim, ficam em cima da
ponte e seus dejetos, que são ácidos, fazem com que a ponte se degenere.
O engenheiro civil da Prefeitura Municipal de Jundiaí,
Marco de Mello, apresentou um projeto na Secretaria de Planejamento visando a
revitalização da Ponte Torta. Tal projeto propunha a recuperação da ponte e
dava um uso à mesma, criando um parque em volta dela, para que não ficasse
abandonada (como está hoje em dia). No entanto, esse projeto sofreu alterações
e, agora, o sistema viário foi privilegiado, deixando tanto o patrimônio
histórico, quanto o parque de lado.
Patrícia Bigardi, de Jundiaí.
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