quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O uso das cores na mídia


As cores em publicações como jornais e revistas ou até mesmo em programas de TV dizem muito sobre o que vai ser tratado (algumas vezes, inconscientemente e, outras, de maneira proposital). Essas cores podem acabar possuindo sentidos positivos ou negativos. Aqui, apresentaremos um caso em que as cores escolhidas não contribuíram em nada com a publicação.

Capa da revista Contigo! exemplificando o uso negativo das cores na mídia impressa

A capa apresentada, publicada pela revista Contigo!, traz em sua composição aspectos que são considerados negativos quanto ao uso da cor. Um deles é a chamada “Saturação” e se dá na medida em que as cores são usadas de maneira exagerada.
Segundo o autor Luciano Guimarães, em seu livro “As cores na mídia: a organização da cor-informação no jornalismo” há, nessa capa, o que é chamado de “saturação no uso da cor”, justamente por terem sido utilizadas de maneira desmedida e ela acontece principalmente pela recente abundância de cores na mídia.
Percebemos isso, claramente, pois a página foi preenchida aleatoriamente, se preocupando exclusivamente com a estética, deixando de lado a significação intencional da cor. Exemplos são vistos no excesso de tons de rosa (no fundo, no vestido, nas colunas) e também por cores vibrantes como o amarelo terem sido relacionadas com um fato tipicamente triste como o velório. Além disso, o azul utilizado como fundo da frase “Por essa ninguém esperava” é o mesmo utilizado no balão-símbolo da revista, algo alegre e divertido.
As afirmações citadas acima levam à confirmação de que, assim, existe também na capa, a neutralização na medida em que a cor pode ficar sem sentido (nesse caso, em função do excesso das cores) sendo utilizado o amarelo, por exemplo, como fundo de uma notícia de um velório e também para chamar atenção ao novo estilo de um conjunto musical.

Patrícia Bigardi, de Jundiaí.

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