As cores em publicações como jornais e revistas ou
até mesmo em programas de TV dizem muito sobre o que vai ser tratado (algumas
vezes, inconscientemente e, outras, de maneira proposital). Essas cores podem
acabar possuindo sentidos positivos ou negativos. Aqui, apresentaremos um caso
em que as cores escolhidas não contribuíram em nada com a publicação.
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Capa da revista Contigo! exemplificando o uso negativo das cores na mídia impressa
A capa apresentada, publicada pela
revista Contigo!, traz em sua
composição aspectos que são considerados negativos quanto ao uso da cor. Um deles
é a chamada “Saturação” e se dá na medida em que as cores são usadas de maneira
exagerada.
Segundo o autor Luciano Guimarães, em
seu livro “As
cores na mídia: a organização da cor-informação no jornalismo” há, nessa
capa, o que é chamado de “saturação no uso da cor”, justamente por terem sido
utilizadas de maneira desmedida e ela acontece principalmente pela recente
abundância de cores na mídia.
Percebemos isso, claramente, pois a
página foi preenchida aleatoriamente, se preocupando exclusivamente com a
estética, deixando de lado a significação intencional da cor. Exemplos são
vistos no excesso de tons de rosa (no fundo, no vestido, nas colunas) e também
por cores vibrantes como o amarelo terem sido relacionadas com um fato
tipicamente triste como o velório. Além disso, o azul utilizado como fundo da
frase “Por essa ninguém esperava” é o mesmo utilizado no balão-símbolo da
revista, algo alegre e divertido.
As afirmações citadas acima levam à
confirmação de que, assim, existe também na capa, a neutralização na medida em
que a cor pode ficar sem sentido (nesse caso, em função do excesso das cores)
sendo utilizado o amarelo, por exemplo, como fundo de uma notícia de um velório
e também para chamar atenção ao novo estilo de um conjunto musical.
Patrícia Bigardi, de Jundiaí.
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