terça-feira, 30 de outubro de 2012

Bastardos Inglórios: uma visão ousada da Segunda Guerra Mundial

Elenco de Bastardos Inglórios e o diretor Quentin Tarantino (sentado, o quarto da esquerda para a direita) - Foto: http://omundodoscinefilos.blogspot.com.br

Quentin Tarantino, estadunidense versátil (ele é ator, diretor e roteirista), ao longo de sua trajetória, fez sucesso com vários filmes, dentre eles clássicos como Pulp Fiction. É dele, também, todo o mérito de Kill Bill 1 e 2 e Cães de Aluguel, entre outros.

Em 2009, dirigiu, foi o roteirista e também ator de Bastardos Inglórios. Sim, para quem não sabe, ele é um prisioneiro de guerra americano, primeira vítima escalpelada do filme. O longa traz uma visão um tanto quanto ousada da Segunda Guerra Mundial.

"Bastardos" traz uma trilha sonora impecável (como em todos os outros de Tarantino) além de apresentar outras coisas que, em minha opinião, já se tornaram marcas do diretor. Exemplos? O filme é dividido em capítulos e traz conflitos bastante explícitos em cenas, muitas vezes, fortes de se ver.

O filme mostra a história de franceses que tiveram que fugir (ou ao menos tentar) de nazistas que ocupavam o país na época. Os Bastardos, grupo que dá nome ao filme, desejam, a todo custo, acabar com os que lideravam o Terceiro Reich, incluindo Hitler, com a ajuda de uma atriz alemã, que também é uma agente infiltrada. Uma das personagens francesas, citadas logo acima, também possui esse desejo e assim eles se unem pelo objetivo maior.

Também tenho a clara impressão de que apostar em atores famosos e de muita qualidade é quase um vício para Tarantino. Nesse, Brad Pitt e Christoph Waltz (esse último, ganhador do Oscar de melhor ator coadjuvante por sua atuação em Bastardos, além de outros prêmios bastante consideráveis mundialmente) são as principais atrações do filme, prendendo a atenção de quem assiste, e fazendo com que desejem o momento em que aparecerão. Waltz causou polêmica entre os críticos, pois as pessoas passaram a gostar do nazista que interpretava.

Aliás, Tarantino é, por si só, muito polêmico. Acredito que a característica principal de seus filmes é a violência sem medidas. As cenas são fortes, há muito sangue, muita guerra. Em Bastardos, para mim, isso fica muito claro na cena em que o grupo tira os escalpos dos nazistas e também no cinema, local em que acontece o grande encontro com o temido Hitler.

Há quem goste de Tarantino, há quem odeie. Seus filmes marcantes às vezes agradam, às vezes causam repulsa. Arrisco dizer que ele entra no jargão “ou oito, ou oitenta”. Mas, para os apaixonados pela história da Segunda Guerra assim como eu, e que desejam assistir a um final diferente para a mesma, não podem deixar de assistir ao filme em questão. O diretor conseguiu representar o que muitas pessoas desejavam realmente ter acontecido. Bastardos Inglórios é imperdível. Gostar ou não já é outra história.

Por: Patrícia Bigardi, de Jundiaí